quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Taqwacore - Islã Punk


Em nome de Deus, o Clemente, o Misericordioso.

O livro de Michael Muhammad Knight, The Taqwacores, nos apresenta o Islã Punk. Ora, o que mais esperar de uma sociedade na qual a procura por valores é desesperada, na qual todas as pessoas procuram alguma orientação para a vida? De algum modo, não seria de se estranhar que diversas orientações encontrassem diversos pontos de convergência. A procura dessa convergência se tornou um livro; tal livro virou um documentário, Taqwacore - The Birht of Punk Islam (ou Taqwacore - o nascimento do Islã Punk), disponível na íntegra aqui. Os gritos de Allahu Akbar, ao som de guitarra e bateria, me parecem um tanto quanto fora de lugar. Provável que a ignorância seja minha.

O Islã Punk, se é possível referir-se a tal fenômeno cultural, é uma manifestação dessa procura. O anarquismo e o Islã também possuem uma confluência; entretanto, a estética do Islã Punk ainda deve muito ao Islã. Deve no sentido de dívida mesmo: é possível conciliar um modo de vida punk com um modo de vida islâmico? Certamente a ideia de associar tais elementos possui um fundo sensacionalista e é midiaticamente apelativo. Sinceramente, eu que me esforço por não julgar - uma vez que é de Allah todo julgamento - ainda não tenho palavras para descrever o que sinto. O que mais se aproxima é um misto de cautela e esperança.

... a única coisa que posso lhes recomendar, irmãos na fé e na humanidade, é que se tiver dúvidas quanto a algo, saiba que Allah sabe melhor. Se me perguntar sobre o Taqwacore, só poderei dizer: Allah sabe melhor, de Allah é toda benção e julgamento. Que Ele abençoe nossos irmãos punks. Se eles se declaram muçulmanos, então são muçulmanos. Como digo: é impossível não ser muçulmano.

Maiores informações sobre esse fenômeno cultural caracteristicamente pós-moderno, acesse: http://www.taqwacore.com/. Assumo meu preconceito com um fenômeno que mal conheço, com uma vida que não vivo, com um modo de ser que não compartilho. E que Allah me perdoe e me guie para encontrar a beleza possível nessa manifestação humana.

[Sharia law in the USA parece uma ideia tão boa quanto Anarchy in the UK... não posso negar que sorri ao ver o título da música]

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